sexta-feira, 27 de março de 2015

Phalaenopsis – Capítulo à parte.

São plantas originárias da Ásia, portanto gostam de clima quente, variando de 18C a 35C; um clima extremamente úmido. Existem cerca de 65 espécies perenes, epífitas ou rupestres. Podem chegar a 1 metro de altura, as folhas são largas e brilhosas, nascendo no centro da planta. A queda das folhas mais velhas permite que a planta permaneça com quatro a cinco folhas em qualquer época. As flores  têm cerca de 8 cm de largura e hastes bem longas, que podem ter até 60 cm. Suas cores variam do branco ao rosa, lilás e amarelo, muitas vezes riscadas, pintalgadas ou manchadas com atraentes marcações. As pétalas e sépalas são arredondadas. Pode florir até três vezes por ano, com uma duração de até quatro meses e a época varia de acordo com a região. Adaptam-se em estufas quentes, precisam de muita sombra. Deve-se regar a cada 7 ou 15 dias e adubar quando estiver sem flores.
DICAS IMPORTANTES:
Como é uma orquídea extremamente comum, infelizmente muitas pessoas abandonam as plantas assim que suas flores caem. Mas por conta de “bater a cabeça” muitas vezes, acabei aprendendo algumas dicas importantes para que a tenhamos durante um bom tempo. Logo no início transplantava essas plantas para xaxins, isso fez com que eu descobrisse que elas pegam fungos que causam doenças levando quase sempre a morte da planta. Então é bom mantê-las nos recipientes que chegam mesmo, mas tendo o cuidado de trocar o estrato pelo mesmo uma vez ao ano. Também não é bom borrifar a folhagem, pois é propenso ao acúmulo de água na base das folhas, o que também gera fungosque causam doenças e podem até mesmo matá-las. Na época da floração as hastes mais altas precisam ser escoradas, pois assim os ramos velhos dão origem a novos. E assim que cair a última flor, corte o pendão floral (veja foto) uns dois a três centímetros acima do nó (contando sempre de baixo para cima e sempre se lembrando de esterilizar a tesoura antes) isso faz com que deste nó, surge uma nova haste que em pouco tempo estará florido novamente. Outra dica bacana é na reprodução da planta, utilizando canela em pó nas raízes, que ao invés da planta produzir a haste floral, ela produzirá uma nova muda idêntica a planta mãe.
Corte 2cm acima do terceiro nó








terça-feira, 24 de março de 2015

Epidendrum secundum

Espécie muito variável, tanto na forma como no tamanho e cor das flores. Em regra esta espécie é terrestre ou epífita. Pode ser reconhecida pelas flores ressupinadas, pequenas, róseas (mais comuns), vermelhas, amarelas, laranjas ou até mesmo brancas e pelo labelo com margem denticulada. Espécie com ampla distribuição geográfica, conhecida por toda a América Tropical.  Cresce em locais ensolarados, com substratos pedregosos e arenosos. Ocorre também no interior da mata, em área impactada. No Brasil, está presente na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Restingas e Afloramentos Rochosos. Estas duas são presentes originários de regiões distintas: A mais escura é presente de Sheila e Everton, trouxeram para mim de Paranavaí/PR. A mais clara foi um presente do Tio Tão, e veio de Varre-Sai/RJ. As folhas são espessas e quebradiças, alternadas, articuladas, geralmente conservando-se apenas uma dúzia das folhas mais novas na porção terminal dos caules, medem até 9 cm de comprimento por 2 cm de largura.  Sua florescência cresce continuamente e pode medir mais de 30 centímetros, com até cem pequenas flores, sempre umas dez a trinta simultâneas, que abrem em sucessão durante quase todo o ano, dispostas para todos os lados . As flores duram cerca de um mês, medem cerca de dois centímetros de diâmetro de modo a aparecerem com o labelo na parte inferior.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Laeliocattleya

Este híbrido também foi adquirido em março de 2014 em Varre-Sai/RJ (Orquidário do Porfílio). Infelizmente, perdi a identificação (Já mandei foto para que ele a identificasse, estou no aguardo). Planta de cultivo simples e não exige tanta dedicação. Vegeta super bem no clima temperado com 70% de luminosidade. Epífita com pseudobulbos eretos portando uma única folha. Sua haste floral é curta, apresentou duas flores na sua primeira floração em março de 2015, com um perfume extremamente suave e constante. Tem 12 cm de diâmetro com pétalas e sépalas lilás escura e o labelo mais escuro ainda, chegando ao roxo. 

Um ano se passou e ela, agora de casa nova, nos deu o ar da graça novamente. Infelizmente, ainda não consegui identifica-la.


sexta-feira, 20 de março de 2015

dendrobium phalaenopsis




Esse belo hibrido dendrobium, apesar do nome, não se trata de um cruzamento de uma espécie de dendrobium com orquídeas da espécie Phalaenopsis. Trata-se, tão somente, de um cruzamento de tipos diferentes da espécie dendrobium. Essa orquídea, bastante popular aqui no Brasil, em suas espécies mais comuns, vem sendo modificada por sucessivos processos de hibridização, produzindo flores surpreendentes. Esse exemplar floresce aqui nos meses de  março. Essa aqui está presa a um velho tronco de laranjeira, com luz solar matinal. Gostam de temperaturas mais elevadas, boa claridade e produzem flores duráveis.
É digno de relato a sua durabilidade. As flores podem durar mais de 6 semanas!!

terça-feira, 17 de março de 2015

Cattleya amethystoglossa X Cattleya Intermedia Flamea


Resolvi acrescentar essa postagem complementando uma postagem já feita pelo Dedé da C. Amethysto glossa, tamanha a beleza desta muda, que é uma variação, por cruzamento, da muda original por ele postada. Trata-se de um cruzamento da rara C. Amethysto glossa com C. Intermedia Flamea. Tive dificuldades em identificar essa espécie, que adquirir numa exposição, como uma muda ainda jovem, e a comprei "no escuro", sem saber sua denominação ou que tipo de flor daria. Ela foi identificada pelo Dedé, exímio descobridor das variantes dessas plantas. O fato de ser derivada e ter fortes características da C. Amethysto glossa, é uma dádiva. Essa rara cattleya brasileira é originária da região do Sul da Bahia, leste de Minas Gerais e Norte do Espírito Santo, notadamente no bioma Mata Atlântica. 
Hoje rara em seu habitat natural, seriamente devastado pelas derrubadas sistemáticas ocorridas nessa região,ela tem sido preservada graças aos cultivos feitos por orquidários comerciais ou cultivadores sem fins lucrativos, mantidos pelos amantes das orquídeas.


Apesar da C. Amethysto glossa florescer predominantemente na primavera, aqui em Niterói esse híbrido floresce no final do verão.
Possui uma clara preferência pelos troncos das árvores vivas, como essa aqui, perfeitamente adaptada ao tronco de uma Guararema (mais conhecido como Pau d'alho). O ambiente úmido da mata atlântica favorece sua adaptação, mesmo em ambientes mais baixos e de temperatura mais quente. 


Essa é a florada de 2016, sempre no final do verão:





quarta-feira, 11 de março de 2015

Aerides odorata



Ganhei de presente da minha mãe em 2011. Planta epífita monopodial de médio porte, originária das florestas quentes e densas do Camboja, Laos, Vietnã  e Tailândia, com altitudes de até 1.300 metros. Adaptou-se muito bem aqui em Vitória da Conquista na Bahia,  numa altitude de 950 metros. Possui haste grossa, ereta e folhas rígidas. Floresce na primavera e no verão com até 50 flores de 3 centímetros cada uma, perfumadas e de longa duração. Na minha coleção, esta planta utiliza um tronco de madeira como apoio e fica em sombrite de 50%. É regada de uma a duas vezes por semana no verão e no inverno dou um descanso mais seco.


quarta-feira, 4 de março de 2015

LC. Laelia tenebrosa x Cattleya sincorana


Este híbrido foi adquirido em março de 2014 em Varre-Sai/RJ (Orquidário do Porfílio). Trata-se do cruzamento entre a Laelia tenebrosa, originária de Varre-Sai no noroeste fluminense e Mimoso do Sul, no Espírito Santo (regiões dos afluentes do rio Itapemirim) e Cattleya sincorana (originária da Serra do Sincorá na Chapada Diamantina, Ba). Planta de cultivo relativamente simples e não exige tanta dedicação. Vegeta bem no clima temperado e 50% a 70% de luminosidade, gosta de rega maior durante o verão. Epífita com longos pseudobulbos eretos portando uma ou duas folhas. Sua haste floral é curta, apresentou duas flores na sua primeira floração em março de 2015. Estas têm o formato e o tamanho da L. tenebrosa, porém suas pétalas e sépalas puxaram mais a cor rosa da C. sincorana com um labelo de cor púrpura, este mais parecido com o da L. tenebrosa.

terça-feira, 3 de março de 2015

Encyclia “faísca”

Não consegui classificar esta planta ainda. Acredito que possa ser resultado de um cruzamento natural. Já agradeço se algum especialista, colecionador ou produtor puder me ajudar nesta empreitada.


Ganhei do amigo Luciano Faísca, por conta disso ela vai ficar apelidada de “Faísca” até conseguir identifica-la. Ele comprou numa feira livre aqui em Conquista, o que dificulta um pouco mais descobrir sua origem, se Chapada Diamantina, Planalto da Conquista, Caatinga ou Mata Atlântica, já que estamos perto de todas estas regiões. Suas raízes estavam presas numa casca de árvore, daí só tive o trabalho de amarra-lo ao um xaxim e ela adaptou-se perfeitamente bem já florindo oito meses depois, em janeiro de 2015. Ao contrário das maiorias das encyclias, suas folhas são arqueadas com cerca de 16cm de comprimento por 2cm de largura, possuem pétalas e sépalas de cor marrom clara com 1,5cm, labelo branco de 2cm de comprimento por 1cm de largura e lóbulo central com uma mancha amarela ladeada por pequenos riscos e pontinhos marrons, formando assim flores de 3,5 a 4cm de diâmetro com uma intrigante “espora” de 1,5cm no fundo do labelo que lembra um broto de raiz. Surgem no máximo em par num pendão floral muito curto, bem próximo das folhas.


Detalhe da "espora do labelo"